Faz 20 anos desde que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) ganhou um reconhecimento legal. Em 24 de abril de 2002, foi sancionada a Lei nº 10.436/2002, um marco para toda a comunidade surda. De lá para cá, a Libras avançou e se consolidou como instrumento que diariamente quebra o silêncio para milhões de brasileiros.
Esse reconhecimento é relativamente recente, mas a língua de sinais começou a engatinhar no Brasil em meados do século XIX, quando Ernest Huet foi convidado por Dom Pedro II a adaptar a língua francesa de sinais para os brasileiros.
Resumindo a história centenária, a regulamentação permitiu avanços em relação à inclusão, acessibilidade e uso de Libras na sociedade. Um exemplo é a profissionalização: desde 2010, a profissão de tradutor intérprete de Libras é reconhecida no Brasil. Outro exemplo é que é cada vez mais comum a inclusão de janela de Libras na publicidade, por governos, em emissoras de televisão e até redes sociais.
As redes sociais, inclusive, são um mundo à parte. É onde surdos de todo o país têm entregado conteúdos e disseminando a cultura para os mais diversos nichos. E o melhor: sem falar necessariamente sobre surdez, mas de todos os tipos de assunto - mostrando e ressaltando que surdos podem (e devem) estar em todos os setores da sociedade.
Mas muitos dos objetivos da legislação ainda estão no papel. Órgãos públicos e empresas concessionárias devem garantir atendimento em Libras, especialmente na área da saúde. Empresas privadas, veículos de imprensa e espetáculos culturais deveriam ter tradutores intérpretes de Libras. Isso acontece, em parte, em alguns lugares do país. Mas está longe de ser universal.
A luta pela inclusão e acessibilidade deve ser de todos os integrantes da sociedade. O desafio é difundir a Libras como uma necessidade - que, de fato, é para milhões de brasileiros. Afinal, os sinais são para os olhos aquilo que as palavras são para os ouvidos.
Equipe LIBRAS-SE
tradução de vídeos para Libras em 24h
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