A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua, como o português, mas para brasileiros que não escutam os sons das palavras. Foi reconhecida em 2002 pela Lei nº 10.436 como meio legal de comunicação e expressão no Brasil. É a comunicação feita pela junção de movimentos de mãos, de articulações, e de expressões faciais e corporais. Por isso, é importante ferramenta de inclusão social para os surdos.
A Libras surgiu da necessidade de estabelecer a comunicação e interação entre os sujeitos surdos e também com a sociedade. É um direito das comunidades surdas do Brasil e, segundo a legislação, o uso e a difusão da Libras devem ser garantidos pelo poder público. Isso significa que deve ter comunicação por sinais em todos os âmbitos da sociedade para que quem depende da Libras seja incluído. Apesar disso, não é considerada língua oficial brasileira - por aqui, só o português mesmo.
Libras não é baseada em gestos ou mímicas. É uma língua natural, com todo o conjunto de palavras que as pessoas de uma determinada língua têm à sua disposição para se expressar, assim como própria gramática, fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Por isso, a configuração de frases em Libras é diferente de como funciona no português. São línguas diferentes - não se trata do português feito com as mãos.
A língua de sinais tem uma modalidade visual-espacial. A comunicação envolve a forma das mãos, os movimentos feitos e o espaço onde os sinais são realizados na frente do corpo e a expressão facial ou corporal. Na prática, um mesmo sinal pode significar mais de uma coisa se for executado em pontos diferentes do corpo. Como toda língua, há variações linguísticas, “sotaques” e gírias.
E é diferente ao redor do mundo. Por ter influências locais, não há nenhuma língua de sinais que seja universal. Como exemplos, há a “American Sign Language” (língua de sinais estadunidense); a “British Sign Language” (utilizada na Inglaterra); a “Lengua Española de Signos” (utilizada na Espanha); e a “Langue des Signes Française” (utilizada na França)
No Brasil, o pioneiro na educação de surdos foi o professor francês Ernest Huet, que se mudou para o Brasil em 1855. Ele veio a convite do imperador dom Pedro II e foi responsável pela criação da primeira escola voltada para a educação de surdos: Imperial Instituto de Surdos-Mudos, criado em 1857.
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referências.
BRASIL. LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>.
BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro:68 Revista Trama - Volume 7 - Número 14 - 2º Semestre de 2011 p. 57 - 68. Templo Brasileiro, UFRJ, Departamento de Linguística e Filologia, 1995
QUADROS, Ronice M. A Língua de Sinais Brasileira: Estudos Linguísticos. Porto Alegre, Artemed, 2004.
KARIN LILIAN STROBEL, SUELI FERNANDES. Aspectos Linguísticos da Libras: Língua Brasileira de Sinais. Paraná: SEED/SUED/DEE, 1998.
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